domingo, 23 de abril de 2017

Provincia do Huambo

Huambo, o berço da Humanidade.
“No extremo meridional da Província, junto á confluência do Cunhungâmua com o Cunene, pusera Deus, um dia, o primeiro homem, que se chamou Féti – Principio. Vivia ele, entretanto, aborrecido e triste, único ente racional perdido na imensa Natureza.

Mas, em dada altura, foi sua atenção despertada por suave melodia que se elevava do grande rio. Aproximou-se. E, com enorme espanto e justificada alegria, viu surgir das águas um ser semelhante a ele. Louco de contentamento, logo apaixonado, arrebatou consigo a misteriosa aparição, a quem deu o nome de Tchoia – Enfeite, Perfeição. Tempos depois, brindou-os o Senhor com um filho Galangue; mais tarde, uma filha-Vihe (Bié). Daquele descenderiam os Povos do Huambo, Sambo e Cuima.

O Huambo é uma cidade e município em Angola, sede da Província do Huambo. A cidade teve a designação oficial de Nova Lisboa entre 1928 e 1975. O município tem 2 609 km² e cerca de 1 204 000 mil habitantes. É limitado a Norte pelo município do Bailundo, a Este pelo município de Tchicala-Tcholoanga, a Sul pelo município do Chipindo, e a Oeste pelos municípios de Caála e Ekunha.

É constituído pelas comunas de Chipipa, Huambo e Kalima. A maioria da população de Huambo é de origem Ovimbundu, sendo Wambo Kalunga fundador do reino de Wambo. Huambo foi a província com maior população de Angola até antes da Guerra Colonial (na época chamava-se Nova Lisboa), lugar que passou posteriormente a ser ocupado pela província de Luanda.Durante a construção da linha da Companhia do Caminho de Ferro de Benguela, concebido para drenar os minérios da rica região do Catanga para a costa do Atlântico, estando o acampamento do empreiteiro Pauling estabelecido cerca do km 370, começou a ser aí recebida correspondência, vinda de Inglaterra, endereçada a “Pauling Town – Angola”.

É necessário referir que este acampamento era, na altura, o único aglomerado populacional digno desse nome que então existia na região do Huambo. O General Norton de Matos, ao chegar a Luanda para ocupar o mais alto cargo da então Colónia de Angola, teve conhecimento dessa ocorrência e, para marcar bem o domínio português na Província do Huambo, deu ordem aos Correios para devolverem, com a indicação de “destino desconhecido”, toda a correspondência com a direcção “Pauling Town”. 

Norton de Matos procurou, nos pobres mapas de então, qualquer coisa que lhe sugerisse um nome; só encontrou a referência a um pequeno Forte do Huambo (Cabral Moncada), onde se tinham praticado feitos heróicos; este forte situava-se próximo do km 365, do lado esquerdo da linha, a cerca de 2 quilómetros desta. Essa representação foi o bastante para lhe indicar a magnífica posição geográfica, política económica e militar do futuro Centro Ferroviário, a que deu o nome de Cidade do Huambo, por Diploma Legislativo de 8 de Agosto de 1912, que se viria a criar ao km 426.

É necessário referir que este acampamento era, na altura, o único aglomerado populacional digno desse nome que então existia na região do Huambo. O General Norton de Matos, ao chegar a Luanda para ocupar o mais alto cargo da então Colónia de Angola, teve conhecimento dessa ocorrência e, para marcar bem o domínio português na Província do Huambo, deu ordem aos Correios para devolverem, com a indicação de “destino desconhecido”, toda a correspondência com a direcção “Pauling Town”. 

Norton de Matos procurou, nos pobres mapas de então, qualquer coisa que lhe sugerisse um nome; só encontrou a referência a um pequeno Forte do Huambo (Cabral Moncada), onde se tinham praticado feitos heróicos; este forte situava-se próximo do km 365, do lado esquerdo da linha, a cerca de 2 quilómetros desta. Essa representação foi o bastante para lhe indicar a magnífica posição geográfica, política económica e militar do futuro Centro Ferroviário, a que deu o nome de Cidade do Huambo, por Diploma Legislativo de 8 de Agosto de 1912, que se viria a criar ao km 426.

***
Desde tempos remotos o “Olundongo” ocupa lugar de destaque em manifestações culturais do povo ovimbundo (planalto central). “Olundongo” é um ritual que tem sentido cultural e serve para agradecer a Deus pelos bons resultados da colheita. Essas manifestações são realizadas no tempo seco, depois das colheitas agrícolas, pois, na época chuvosa, os membros das comunidades sofrem, passam fome e têm um trabalho árduo nas lavouras. Quando chegam no cacimbo realizam “olundongo”. 
Fazem parte da cerimónia os membros da comunidade, das aldeias e bairros vizinhos que, em pleno dia, festejam a dançar, bebendo kassongueno (aguardente), kissangua, vinho e whisky com comidas típicas. Ao longo do ritual, sacrifica-se galinhas e cabritos. Actualmente, a prática do Olundongo verifica-se apenas nos município do interior da província, enquanto que na cidade do Huambo só em cerimónias das datas oficiais ou quando recebem visitas importantes.
***
Situado no centro da cidade, têm um parque para crianças e uma estufa-fria.
***
Nove estatuas espalhadas pelos jardins da cidade do Huambo.
***
O ponto mais alto de Angola com 2.619m, encontra-se a sul do Londuimbale.

Sem comentários:

Enviar um comentário