domingo, 23 de abril de 2017

Provincia de Luanda

O capitão Paulo Dias de Novais que, ao desembarcar na Ilha do Cabo em 1575, encontrou uma população nativa bastante numerosa, estabeleceu aí o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, onde se encontravam, religiosos, mercadores e funcionários, bem como 350 homens de armas. 

Um ano depois, reconhecendo não ser aquele lugar adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Luanda em 25 de Janeiro de 1576, tendo lançado a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, no lugar onde é hoje o Museu das Forças Armadas.

Trinta anos mais tarde com o aumento da população europeia e do número de edificações, a vila de São Paulo da Assunção de Luanda tomou foros de cidade, estendendo-se de São Miguel ao largo fronteiro ao antigo Hospital Maria Pia (actual Josina Machel).

No período da União Ibérica, em 1618 foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra. A cidade tornou-se no centro administrativo de Angola a partir de 1627. Em 1634 foi construída a Fortaleza de São Miguel de Luanda.

A cidade foi conquistada e esteve sob o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais de 1641 a 1648 quando foi recuperada para a Coroa Portuguesa por uma expedição enviada da Capitania do Rio de Janeiro, no Brasil, por Salvador Correia de Sá e Benevides.

Luanda é a maior cidade e a capital de Angola, sendo também a capital da província homónima. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é o principal porto e centro administrativo de Angola. Tem uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes, o que a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.

Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria membros de grupos étnicos africanos, principalmente ambundu, e a seguir ovimbundu e bakongo. Existe uma pequena minoria de origem europeia, constituída principalmente por portugueses. A língua oficial e mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundo.

O topónimo Luanda provém do étimo lu-ndandu. O prefixo lu, primitivamente uma das formas do plural nas línguas bantus, é comum nos nomes de zonas do litoral, de bacias de rios ou de regiões alagadas (exemplos: Luena, Lucala, Lobito) e, neste caso, refere-se à restinga rodeada pelo mar. Ndandu significa valor ou objecto de comércio e alude à exploração dos pequenos búzios colhidos na ilha de Luanda e que constituíam a moeda corrente no antigo Reino do Kongo e em grande parte da costa ocidental africana, conhecidos por zimbo ou njimbo. Como os povos ambundos moldavam a pronúncia da toponímia das várias regiões ao seu modo de falar, eliminando alguns sons quando estes não alteravam o significado do vocábulo, de Lu-ndandu passou-se a Lu-andu. O vocábulo, no processo de aportuguesamento, passou a ser feminino, uma vez que se referia a uma ilha, e resultou em Luanda.

Um dos mais belos cartões-postais de Luanda, a Avenida 4 de Fevereiro, conhecida simplesmente como Marginal, exibe o contraste entre a beleza natural da Baía de Luanda e os edifícios modernos ao seu redor. A ilha do Cabo, à entrada da baía de Luanda, possui belíssimas praias de areias brancas e águas claras, ornadas por coqueiros. Na ilha existe uma excelente estrutura de entretenimento, com muitos bares e restaurantes. Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria membros de grupos étnicos bantus. A população original da região são os Ambundu, em particular os do grupo (Axi)Luanda (Lwanda) de cujo nome deriva o da cidade.

Aos Ambundu juntaram-se no século XX, na vigência do regime colonial, grupos bastante numerosos de Ovimbundu e de Bakongo, especialmente nas últimas décadas coloniais e durante a Guerra Anti-Colonial; esta imigração reforçou-se novamente em consequência da Guerra Civil Angolana, que também desencadeou a passagem de muitos Ambundu rurais para a capital. Esta alberga entretanto também minorias oriundas de todos os grandes grupos étnicos do país, dos Côkwe aos Ovambo.

O clima é quente e húmido, mas surpreendentemente seco, devido à corrente fria de Benguela que impede a condensação da humidade para gerar chuva. Frequentemente, o nevoeiro impede a queda das temperaturas durante a noite, mesmo durante o mês de Junho, que costuma causar secas completas até Outubro. Luanda possui uma precipitação anual de 323 milímetros, mas a variabilidade está entre as mais altas do mundo, com um coeficiente de variação superior a 40%. O curto período de chuvas nos meses de Março e Abril depende de uma contra-corrente de norte que traz humidade à cidade.

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Sem duvida um dos melhores pontos mais bonitos para os amantes de praias, pesca e natureza. Um ponto a não perder em uma visita a Angola.
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O lugar paradisíaco e com enorme potencial, freqüentado por surfistas loucos para aproveitar as melhores ondas de Angola.
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A conjugação de solos muito brandos com chuvas torrenciais curtas origina superfícies de erosão muito escarpadas. Numas dezenas de metros apenas, passa-se de um planalto a cerca de 100 metros de altitude para as cotas do mar.
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O Mussulo é um banco de areia com cerca de 30 km de comprimento formado pelos sedimentos do rio Cuanza, na costa sul de Luanda, em Angola.
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Com uma área de 9600Km² conta com uma variedade de vegetação resulta numa fauna abundante e variada. Existem manatins africanos (Trichechus senegalensis), palancas vermelhas (Equinus hippotragus), talapoins (Miopithecus talapoin) e tartarugas marinhas.
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