Aos poucos Manuel Cerveira Pereira, impulsionado pelas lendas da existência de ricas minas de prata e de cobre, funda São Filipe de Benguela a 17 de Maio de 1617 que vai se transformar numa importante base de penetração para o interior de Angola.
Posteriormente, São Filipe de Benguela tornou-se num grande centro de tráfego de escravos. Em meados do século XX, a capital provinciana foi ultrapassada em importância pela cidade de Lobito, pois esta apresentava melhores condições portuárias. As caravanas comerciais estavam mais animadas pelas trocas de mercadorias coloniais. A pouca quantidade de peixe seco e o sal produzidos pela vila, em muito contribuíram para essas trocas comerciais com produtos das terras altas como cerais, borracha, sisal, rícino, mandioca, objectos de marfim, gado, entre outros.
Lobito |
Benguela começa a ser então considerada como o Porto mais importante a seguir de Luanda. Era o ponto de partida e de chegada das grandes caravanas consagradas as trocas comerciais. Uma nova vida começa e neste clima emergiram cidades e vilas. O mito de Benguela começa a ser desmistificado como “Cidade mãe das cidades” que nascer Catengue, Caimbambo, Cubal, Ganda, Alto Catumbela, Quinjenje, Cuma, Longonjo, Lepi, Caála e Huambo que se transforma em Nova Lisboa graças ao sonho imortal de Norton de Matos.
Pelo interior no sentido Leste, o crescimento era incessante e atinge Bela Vista, Chinguar e Silva Porto (hoje Kuito). Uma das mais preciosas contribuições atribuídas a esta penetração foi uma obra de valor internacional, implantada carril por carril ao longo de milhares de quilómetros desbravando novos caminhos, escolhendo áreas de melhor fixação e mais eficazes para a população.
Esta obra é o Caminho-de-ferro de Benguela. A necessidade que se fazia sentir de um Porto e as extraordinárias condições reunidas na antiga Catumbela das Ostras, deu nascimento ao Lobito, do seu porto e da sua cidade. Eles, vieram confirmar a importância do fenómeno da colonização feita a partir de Benguela, percorrendo mais de 1300 km de extensão do hiterland de Angola, do litoral a fronteira do Luau.
Benguela, conforme reza a história, a cidade angolana das escarlates Acácias Rubras ou seja a eterna plenitude desta árvore frondosa e suis generis na sua cor fantástica, pode-se considerar actualmente, terra do samba e do preferível Carnaval, uma biblioteca que ainda não está bem explorada, mas que com o desenrolar dos tempos, virá a público o que esta formosa urbe tem a dar ao mundo.
Ao sul tem um clima Tropical semi-desértico enquanto que a norte da província se verifica um clima tropical húmido. “Mesotérmico” na faixa interior subplanalítica, com regime hídrico do tipo moderadamente chuvoso. Temperatura máxima 35,0º, a média 24,2º e a mínima 10,4º; humidade relativa 79% e, preciptação média anual 268mm.
Reserva Parcial do Búfalo Deve o seu nome ao búfalo preto e foi criada em 1974. Tem 400 Km² de superfície e possui fauna variada. |
Parque Regional da Chimalavera É a principal reserva natural da província de Benguela. Tem uma superfície de 150 Km² e possui uma fauna variada. |
Ponta do Sombreiro Farol localizado na parte ocidental da Baía de Benguela a cerca de 10 km a oeste da cidade, num alto com a forma de um sombreiro. |
Praia da Caotinha Situada a 26 km do contro da cidade, deve o seu nome à sua pequena extensão de apenas 150m. Chega-se à praia contornando o morro da Caota. |
Praias do Lobito Situadas na própria cidade, as praias do Lobito oferecem um fácil acesso devido à proximidade dos locais de alojamento. Podem citar-se a Restinga, a Cabaia e o Compão. |
Ermida da Nª Sª dos Navegantes Construída em 1957, na crista do morro, a arquitectura inclui um cruzeiro que se avista à grande distância, quando iluminado. |
Ermida da Nª Sª da Graça Situada na localidade de Cavaco, a 3 km a norte de Benguela. Ainda hoje acontecem importantes festividades em honra à Nª Sra. da Graça. |
Igreja da Nª Srª do Pópolo Construída em 1748, de estilo barroco, é considerada Monumento Nacional. |
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