terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Provincia de Cuanza-Norte

Cuanza-Norte ou Kwanza-Norte é uma província de Angola.
Tem uma área de 24 110 km² e sua população aproximada é de 654 000 habitantes. Sua capital é N’dalatando. É constituída pelos municípios de Ambaca, Banga, Bolongongo, Cambambe, Cazengo, Golungo Alto, Gonguembo, Lucala, Quiculungo e Samba Caju.

A província é servida por várias estradas nacionais ligando-a num sentindo a Luanda, com ligação às Cidades do Dondo e Ndalatando e num outros às Cidades do Uíge, Lucala e uma outra via nacional que permite a comunicação com as cidades de Malange, Saurino e Luena.

Os dois eixos rodoviários que estabelecem a comunicação nas direcções Norte e Este confluem no troço rodoviário do Lucala. Estando em reabilitação algumas pontes e estradas que ligam os Municípios às comunas: Camabatela/Bindo/Luinga/Tango/Maua; Samba Cajú/Samba Lucala; Ndalatando/Golungo Alto/Gonguembo; Samba Cajú / Banga / Quilungo/Bolongongo.

Kwanza Norte, que terá sido batizada com o nome de Salazar, durante a época colonial, ficou marcada pela guerra, sobretudo depois das eleições de 1992, e pela passagem dos savimbistas pela região, tendo sofrido, por consequência, a pilhagem e a destruição dos edifícios públicos e dos bens da população local.

Com o estabelecimento da paz, em Angola, a província tem procurado não só atrair investimentos nacionais e internacionais, como também mostrar as potencialidade da região com o objetivo de recuperar e de relançar a economia da província. A província é conhecida principalmente pelas reservas florestais do Golungo Alto e do Caculama, na qual existem diversos tipos de vegetações locais e flores.

As Quedas do rio Muebemje e as nascentes de Santa Isabel e Sobranceiro (que estão localizados a 2km de N’dalatando) são outros locais indicados para a visitação turística. Província situada no norte de Angola, numa região composta de planaltos e florestas de clima tropical húmido, com temperatura média de 23 °C.

Esta praia fluvial, no município do Cambambe, atrai muitos visitantes, entre outras localizadas na vila do Dondo. Ideal para banho e relaxe.

Quedas do rio MuebenjeCom uma altura de 110 metros, estão localizadas a 10 km do município de Cazengo.
Forte de MassanganoConstruída em 1583, por ordem de Paulo Dias Novais, para registar a vitória dos portugueses sobre o rei Kiluange, situa-se nas margens do rio Kwanza.
N'Dalatando
A antiga capital do Kwanza-Norte é uma cidade de arquitetura colonial, localizada no sopé do morro do Binda, a sete km da sede actual.

Provincia de Cabinda

Diogo Cão foi o primeiro navegador europeu a chegar a Cabinda e a estabelecer contactos comerciais com os Ntotila (Rei) locais do reino do Congo, onde deixou uma inscrição e as armas de Portugal.
Recebido com pompa e circunstância pelo Ntotila de Mbanza Kongo que quis tornar-se cristão e manifestou o desejo de estabelecer relações comerciais com Portugal.
Portugal invocou por diversas vezes ao longo dos séculos o seu direito histórico à posse dos territórios de Cabinda, tendo expulsado e destruído, em 1723, o fortim de corsários ingleses com a ajuda do Rei de Ngoyo.

Em 1784, foi a vez dos franceses atacarem os portugueses da fortaleza de Santa Maria de Cabinda, mas em 1786 reconheceram oficialmente a soberania portuguesa sobre a costa de Cabinda.

É banhada pelo Oceano Atlântico e limitada a Norte e Nordeste pelas repúblicas do Congo Brazaville (Kouilou e Niari) e Democrática do Congo (Baixo Congo-Miombe) e a Sul e Sudeste pela República Democrática do Congo (Muanda/Baixo Congo).
A mascote da cultura local é Bakamas, um grupo residente no morro do Tchizo, na cidade de Cabinda, que apresenta uma dança tradicional. Cabinda tem 500 mil habitantes.
O “tchicumbi” é um ritual que simboliza a autorização ou a liberdade de uma jovem dar início ao namoro quando atinge os 15 anos, que obrigatoriamente deve passar por vários actos tradicionais.

Tem como áreas históricas e turísticas o monumento ao tratado de Simulambuco, na cidade de Cabinda, e de Chinfuca, na Vila de Lândana (Cacongo), que marcam a assinatura de protocolos e declarações da chegada dos portugueses e os reinos de Loango e Makongo.

Cabinda é um dos Estados mais ricos em águas doces do continente. O rio mais importante é Chiloango e outros rios encontram-se no Maiombe. Cabinda é situado sob o equador e possui um clima tropical com duas estações: a estação seca ( de Maio a Setembro) e a estação chuvosa; a temperatura é húmida e elevada ( de Setembro a Abril ). Todavia no exterior definem-se as tendençias seguintes; temperatura elevada e chuvas frequentes com carácter equatorial. O clima é tropical húmido, com precipitações anuais em torno de 800 mm. A temperatura média anual varia entre os 25 e os 30º Celsius.

(Igrejas em Cabinda)
Igreja de N. Sra. Rainha do Mundo, Igreja de São Tiago de Lândana, Igreja de Imaculada Conceição, entre outras.
290 mil hectares de floresta tropical, onde existem árvores com mais de 50 metros de altura. As principais qualidades de madeira existentes nesta floresta são o Pau-preto, o Ébano, o Sândalo Africano, o Pau Raro e o Pau-ferro. Também existe uma fauna diversificada com chimpanzés, gorilas, elefantes e aves raras.
Tem uma superfície de 650 km quadrados e é limitada a Norte com a fronteira da República Democrática do Congo e com os rios Luali e Inhuca.

Provincia do Bié

O Bié é marco geodésico e trigonométrico que determina o centro do País, celebrou-se no ano 2000 o 440º ano desde que o padre Gonçalo da Silveira atingiu o Bié em 1560 na época do expansionismo da potência colonial portuguesa em busca de novos horizontes político-económicos para reforçar o seu poderio de Estado



No mesmo local onde hoje floresce a cidade do Kuito por volta de 1771 quando era governador-geral de Angola, D. Inocêncio de Sousa Coutinho, foi fundada no planalto do Bié uma povoação a que se deu o nome de Amarante.

Segundo a história, os portugueses começaram a interessar-se pelo Bié em 1772. tendo nomeado nesse ano seu primeiro Capitão-more Juíz da Província do Bié, Joaquim Rodrigues, o qual se instalou em Ekovongo, antiga Embala principal da Região.

Com cerca de 1.794.387 Habitantes em 9 municípios que compõem a província registando a sua máxima de 88 habitantes por km2 no Kuito e a mínima de 5 habitantes por Km2 em Nharéa.

Sendo o Andulo o município mais populoso, além do Kuito, e, Kunhinga (ex-Vouga) o menos povoado. Esta província ocupa uma superfície de 70.314 Km2 e apresenta um relevo planáltico, com uma altitude média superior a 1.000 m (superior a 1.500 m no quadrante SW), enquadrada em duas unidades de paisagem – o planalto Antigo e a do Alto Kwanza.

A sua população divide-se em quatro grupos étnicos principais de origem Bantu, estando os Kibalas ou Ngaias, oriundos dos Kimbundus em Calussinga, os Songas a norte, os Bailundos e Bienos, descendentes dos Mbundus, fixados os primeiros no Andulo e Nhârea e os segundos no Chinguar. Kunhinga, Katabola e Kamacupa.

Os Nganguelas. os Luimbis ou Luenas do Kwanza, estão fixados nas margens do rio Kwanza e os Ambuilas no Tchitembo, enquanto a faixa leste da Província de norte para sul é povoada por Kiokos. Esta paisagem é recortada por vários cursos de água importantes que definem as bacias hidrográficas do Kuanza, Kubango, Luanda, Kuemba, Kutato, Cuiva Kuquema, Ngumbo, Cuchi, Cunhiga, Kunje e Kune. A região tem um clima temperado húmido com isotérmicas anuais entre os 19° e os 21°, o que torna a zona especialmente apta para um florescente desenvolvimento agro-pecuário.

Tem duas épocas distintas e ausência do chamado “pequeno cacimbo que se verifica na maior parte das regiões de Angola. A época quente ou das chuvas observa-se entre Outubro e Abril com índices de precipitação de 1.000 a 1.400mm, com menor intensidade nos meses de Outubro, Janeiro e Fevereiro. O cacimbo estende-se de Maio a Setembro e a temperatura média do ar no mês mais frio, situa-se entre os 2° e os 10° e no mês mais quente varia entre os 18° e os 25° C.

A cobertura vegetal primitiva é bastante alterada nas zonas submetidas ao cultivo, e é constituída pelo complexo fito-geográfico “floresta aberta – mata de panda; Savana com arbustos, “com extensas manchas de comunidades herbáceas dos altiplanos (anharas de alto).

Reserva Natural do Luando
A Reserva é conhecida como um paraíso de aves, dada a enorme variedade existente. Inicialmente estabelecida como reserva de caça, em 1938, foi elevada à condição de Reserva Natural Integral em 11/12/1957. Com área de 8.280 Km2, tem como limites naturais: a Norte e Leste: rio Luando até ao limite Sul da Província; a Sul, até os limites da Província, entre os rios Kwanza e Luando; e a Oeste: rio Cuanza até ao rio Luando. Sua pluviosidade média anual é de 1350 mm e a temperatura média é de 21,5° C; a Reserva é dominada por dois tipos de vegetação: a floresta aberta e a savana com árvores e arbustos. Os principais exemplares da fauna encontrados são: a Palanca-real, palanca-negra, ou palanca-preta-gigante (Hippotragus níger variani); Songue, (Kobus leche) e Inhala, (Tragelaphus spekii).

Cidade do Bie
Residência do Dr. Agostinho Neto (primeiro presidente de Angola), primeira Câmara Municipal de Silva Porto, primeiro Banco Nacional de Angola de Silva Porto, primeira Igreja Católica de Embala Jamba
Reserva florestal do Umpulo
De uma beleza inigualávél extensa em uma área enorme de 4.500 Km² está limitada pelos rios Cuine, Kwanza e Chimandianga.
Jardim Pouca-vergonha 
Jardim situado no centro da cidade e que deve o seu nome a existência de uma estátua de uma mulher nua.
Estão localizados no município do Kuíto, a pouco mais de 10 quilómetros da sede, às margens do rio com o mesmo nome. Sangongolo é a parte mais marcante da cidade do Kuíto-Bié Está numa floresta ao lado do rio Kuquema e é sítio histórico. Todo turismo é feito ali, mas, devido à situação de guerra, só agora é que está em recuperação. Nas proximidades está localizado o palácio denominado de Belo Monte ou Amarante, inaugurado em 1925 pelo capitão português Alves Mourinho Teixeira.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Provincia de Benguela

Benguela, A sua magia é caracterizada por uma longa história que remonta os anos de 1601 quando na Baía das Vacas desembarcaram os primeiros Portugueses atraídos por uma suposta riqueza animal.

Aos poucos Manuel Cerveira Pereira, impulsionado pelas lendas da existência de ricas minas de prata e de cobre, funda São Filipe de Benguela a 17 de Maio de 1617 que vai se transformar numa importante base de penetração para o interior de Angola.

Posteriormente, São Filipe de Benguela tornou-se num grande centro de tráfego de escravos. Em meados do século XX, a capital provinciana foi ultrapassada em importância pela cidade de Lobito, pois esta apresentava melhores condições portuárias. As caravanas comerciais estavam mais animadas pelas trocas de mercadorias coloniais. A pouca quantidade de peixe seco e o sal produzidos pela vila, em muito contribuíram para essas trocas comerciais com produtos das terras altas como cerais, borracha, sisal, rícino, mandioca, objectos de marfim, gado, entre outros.

Lobito


Benguela começa a ser então considerada como o Porto mais importante a seguir de Luanda. Era o ponto de partida e de chegada das grandes caravanas consagradas as trocas comerciais. Uma nova vida começa e neste clima emergiram cidades e vilas. O mito de Benguela começa a ser desmistificado como “Cidade mãe das cidades” que nascer Catengue, Caimbambo, Cubal, Ganda, Alto Catumbela, Quinjenje, Cuma, Longonjo, Lepi, Caála e Huambo que se transforma em Nova Lisboa graças ao sonho imortal de Norton de Matos.

Provincia do Bengo

Provincia do norte de Angola fundada em 1980 após a divisão de Luanda pelo Conselho de Revolução. Além de ser nova no mapa geográfico de Angola, a história do Bengo está ligada a de S. Paulo de Luanda, dada a sua proximidade com a capital do país.

O Bengo entra para a história contemporânea de Angola, como região onde nasceu o primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto e outros destacados nacionalistas que lutaram pela independência do país.
Com uma área de 41000 km² e mais de 460 mil habitantes, a provincia do Bengo fica localizada a norte do País na faixa litoral e é constituída por 8 Municípios:
Dembos Kibaxe (ou Quibaxe), Ambriz, Bula Atumba, Dande, Dembos, Icolo e Bengo, Kissama, Nambuangongo, Pango Aluquém, onde fica a Capital, Caxito.


Província que contorna a capital de Luanda, encontra-se com o oceano a oeste, as províncias do Zaire e do Uíge a norte, do Kwanza Norte a leste e do Kwanza Sul a sul. A sua capital, Caxito, situa-se 55km a norte da cidade de Luanda. Vários rios atravessam a província, destacando-se o rio Kwanza, o mais importante do país. Em épocas chovosas as margens dos rios ficam submersas.

Aí poderá encontrar uma grande variedade de aves aquáticas (flamingos, pelicanos, garças, patos, entre outros). A fauna do Bengo é rica e variada contando com animais como pacaças, javalis, elefantes, macacos, assim como aves exóticas.

Beneficiando de uma costa favorável, a pesca do Bengo é praticada na Barra do Dande e no Ambriz do lado norte com grandes capturas de lagosta e camarão, e no Cabo Ledo a sul com uma diversificada gama de pescado. Nas praias da região o aparecimento da tartaruga marinha continua frequente.

Na zona sul do Bengo se situa o famoso Parque Nacional da Quissama, com 9.600km considerado área prioritária de desenvolvimento turístico nacional são muito conhecidos os monumentos históricos desta província localizados no município de Muxima, onde a Fortaleza e Igreja do mesmo nome edificações do tempo das conquistas portuguesas por estas terras são por tal os marcos desse passado dos povos desta região.

O clima é tropical seco, com uma temperatura média de 26ºC. Clima, essencialmente influenciado pelo oceano, tem a floresta¬ savana como vegetação domnante. De e para o interior de Angola, o Bengo é passagem obrigatória, quer para Sul, quer para norte, como para o centro por estrada ou pelo mar.

O Turismo encontra sua maior expressão na existência de um Parque de dimensão Nacional, o da Kissama, a reserva especial do Mumbondo, a Coutada do Ambriz e extensas praias, sendo de destacar a da Pambala para além de outras áreas de interesse turístico. Província muito bem localizada, junto à capital e ao oceano, terá certamente um grande futuro como destino turístico.

A maior parte da população é de etnia Ambundu e a actividade económica principal da população é a agricultura e a pesca. A língua nacional mais falada na província é o Kimbundo.

Igreja de Nossa Senhora da Muxima
Bastante conhecida, e de arquitectura simples foi construida no Séc.XVI.
Fortaleza da Muxima
Marca deixada durante a luta entre os Portugueses e Holandeses, foi construída no Séc. XVI e está situada no cimo de um monte atrás da Igreja de Nª Sra. da Mu

Igreja de Nossa Senhora da Muxima
Bastante conhecida, foi construída no Séc.XVI. de arquitectura simples.


Fortaleza da Muxima

A 75 kilómetros de Luanda, entre o Oceano Atlântico, o rio Cuanza e o rio Longa o parque da Quissama ocupa uma área de 9.600 Km² e está limitado a Norte pelo Rio Cuanza desde a Muxima até ao mar, a Sul pelo Rio Longa desde a estrada Mumbondo-Capolo até ao mar, a Oeste pela linha da costa entre a foz do rio Cuanza e a foz do Rio Longa e, a Leste, pela estrada que vai da Muxima, Demba-Chio, Mumbondo e Capolo até ao Rio Longa.

Tem como tipos de vegetação a Floresta húmida de nevoeiros, floresta cafeeira secundarizada, mosaico de savana zambeziaca e outros, distribuídos por uma área de 100 Km².